domingo, dezembro 09, 2007

...


Um fluir desenfreado
Num dia recém-chegado
Rostos e mais rostos
De feições variadas
Ora a sorrir ora a rir
Ora triste ora a chorar

No entanto, ninguém pára
É um pulsar forte
É medo de parar
Necessidade urgente
Esta de não ter tempo
Para sentir, não ter tempo

Leva-nos a corrente
Chama-nos o rio
Puxa-nos a foz…
Somos o mar.
Olha a imensidão
Todos nos querem afogar

Mas temos que navegar
Num navio por construir
Com pressa para o horizonte
Desconhecendo que ele é só morte
Nossa amiga, mistério da vida
A fazer-nos uma espera.