segunda-feira, maio 25, 2009

adeus


A tua mão afasta-se devagar da minha,

diz-me adeus e a saudade já é tanta.
Separámo-nos no dia em que o desejo nos quebrou
e os nossos lábios se uniram num pecado ardente.

Foi nesse dia que perdemos tudo o que tínhamos,
não teríamos conseguido controlar?
não sei... talvez não estivesse assim destinado.

E como não mudou nada desde então,
será que foi insignificante?
Deixas-me sem respostas, sem certezas.
Perco a fala, perco a razão.
Levas-me numa palavra, num sorriso...
Mas eu quero que me devolvas...
devolve-me o que já me fizeste perder!

Não te quero e sinto a tua falta.
não te amo mas deixas-me assim
não sei como te apagar da memória
mas sei que não me vais ter sempre.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

memórias

Às vezes ainda penso em ti, ainda desejo a tua companhia. Não devia, claro que não devia, já passaram tantos anos... Mas parece-me perfeitamente natural querer-te para mim, porque julgo que nunca deixaste de ser meu. E eu nunca deixei de ser tua. Somos a prisão, a fraqueza e a memória um do outro. Nunca precisámos de mais ninguém. Talvez por isso é que ficámos presos num emaranhado de duas almas que se tornou numa só.

Fomos parvos, ingénuos, egoístas e idiotas. Por isso é que fomos felizes. Amámo-nos no sentido mais puro da palavra amor, vendo flores a toda a volta e uma estrada risonha sem fim à vista. Amar desta maneira é como entregarmos tudo à outra pessoa sem querer saber de nada. É dizer olhos nos olhos "Esta sou eu e nao tenho medo de te dizer quem sou. Tenho muitos defeitos, mas sei que tu amas assim mesmo. E eu amo-te a ti".
Já viste como tivemos tudo? Como fazia sentido ficarmos juntos? Como as nossas bocas encaixavam? Dou por mim a pensar nos momentos em que os meus lábios tocavam os teus... A tua paixão fazia-me sentir viva e acendia uma chama dentro de mim que me aquecia quando nao estavas. Agora faz frio aqui. Aqui no meu coração.


sábado, janeiro 31, 2009

Tanto faz



Procuro um refúgio, um porto seguro
Sozinha ou acompanhada, tanto faz.
Só quero um pouco de paz.
Ou uma ilusão dela, tanto faz.

Preciso do silêncio de uma casa abandonada
Para ouvir o meu coração
E recordar os sonhos que perdi
Quando num erro me deitei no teu leito.

Diz-me que sim, diz-me que não,
Sorri, chora, sofre, ama erradamente,
Já deixei de querer saber.
Agora digo: "Tanto faz".

Mas se o meu refúgio fosses tu...

Não importa, tanto faz!