quarta-feira, março 12, 2008

Ser ninguém



Não sei ser poetisa.
Voo com as palavras
Pela ponta de uma caneta
Num tempo qualquer,
Num instante de euforia.

Sinto pelas palavras.
Ai, se sentissem como eu sinto
A palavra amor, dor e cor,
Seriam Homens de alma poética,
De consciência artística
Sem artista ser.

Escrever é como gritar…
É dizer coisas sem nexo.
Sentir-se só,
Ouvir o eco impresso no papel.
Escrever é a liberdade
De quem se sente preso.

E eu presa me sinto.
Amarrei-me sozinha,
Num efémero delírio
De um génio ignorante.

Não sei ser alguém.
Sou só as palavras aqui escritas,
Os sentimentos sufocados,
A alma de ninguém.

4 comentários:

Nilson Barcelli disse...

O que não seria se soubesses ser poeta... com tão belos poemas como este.
Mas eu acho que tu sabes, e bem, ser poeta.
Continua a voar com as palavras, a gritar, a colocar no papel o que te vai na alma.

Boa Páscoa para ti e para a tua família.
Beijinhos.

Encontros de Almas disse...

Poetisa não sou
Mas posso vir a ser
Vou anticipar a vida
Antes que comece a morrer

Palavras que rimam...
Sim, rimam! Mas apenas no fim
Eu vou rimar sozinha
Antes que alguém rime por mim...

(escrito meio á presa mas até nem ficou muito mal)

beijo

Nilson Barcelli disse...

Não há mais poemas...?

Bom resto de semana, beijinhos.

Enfim... disse...

esta muito fixe...

beijinhos