sexta-feira, fevereiro 20, 2009

memórias

Às vezes ainda penso em ti, ainda desejo a tua companhia. Não devia, claro que não devia, já passaram tantos anos... Mas parece-me perfeitamente natural querer-te para mim, porque julgo que nunca deixaste de ser meu. E eu nunca deixei de ser tua. Somos a prisão, a fraqueza e a memória um do outro. Nunca precisámos de mais ninguém. Talvez por isso é que ficámos presos num emaranhado de duas almas que se tornou numa só.

Fomos parvos, ingénuos, egoístas e idiotas. Por isso é que fomos felizes. Amámo-nos no sentido mais puro da palavra amor, vendo flores a toda a volta e uma estrada risonha sem fim à vista. Amar desta maneira é como entregarmos tudo à outra pessoa sem querer saber de nada. É dizer olhos nos olhos "Esta sou eu e nao tenho medo de te dizer quem sou. Tenho muitos defeitos, mas sei que tu amas assim mesmo. E eu amo-te a ti".
Já viste como tivemos tudo? Como fazia sentido ficarmos juntos? Como as nossas bocas encaixavam? Dou por mim a pensar nos momentos em que os meus lábios tocavam os teus... A tua paixão fazia-me sentir viva e acendia uma chama dentro de mim que me aquecia quando nao estavas. Agora faz frio aqui. Aqui no meu coração.


4 comentários:

Cotovia disse...

Entre o luar e o crepúsculo, o sono e a lucidez, o silêncio do mundo e o barulho de ti, há uma voz muda que percorre a aridez do teu pensamento... Sentes?... É o Pio da Cotovia!

Anónimo disse...

...bom texto!

...almas gémeas
que muitas vezes se perdem,
mas nunca se "desatam".

...gostei!
xis létinha

Carla disse...

o amor assim é entrega total..plena. Quase sempre isso é satisfação e felicidade, mas por vezes pode consuzir-nos a um abismo, onde só o vazio existe
beijos e boa semana

vieira calado disse...

;)

Beijinhos