domingo, junho 29, 2008

A vida




Em tanques de guerra
Pela luta nos campos de batalha travada
Com espadas de dois gumes
E sangue venenoso,
Erguemos a honra e manchamos as mãos.
Tatuamos o nome dos rivais
No corpo nu de esperança.
E em seguida lavamos o rosto e somos outros.
Renascemos das cinzas,
Mas continuamos a servir a vingança,
De quem nunca se olhou a si mesmo.

Para sentir, pegamos na arma e disparamos.
Bebemos o sangue, sedentos de poder.
Gememos deliciados.
Controlamos as rédeas da vida
Ao mesmo tempo que olhamos para cima
E lá não vemos ninguém.
Estamos no topo, podemos ejacular
E dar continuidade ao legado de arrogância.

Depois recolhemos as feridas e partimos
Para sarcasticamente dizer “ADeus”

7 comentários:

Anónimo disse...

Sorry if I commented your blog, but you have a nice idea.

Delfim Peixoto disse...

gostei... Obrigado pela visita

vieira calado disse...

Muito bem! Para mais, vindo duma muito jovem poetisa.
Quanta a mim, tem uma bela carreira pela frente.
Bjs

Ricardo Silva Reis disse...

Olá Claudia.
Que surpresa agradável encontrei no teu muro encantado.
Poema belissimo, muito forte mas com ritmo.
Vou ficar por aqui a ler mais de ti.
Beijinhos

João Videira Santos disse...

Direi que é um poema de raiva e...eu gosto!

Carla disse...

este é um adeus cheio de dor...pelo menos para quem sofre, provavelmente menos doloroso para quem o diz
gostei muito
os teste sjá acabaram?
beijos de boa sorte

Katia De Carli disse...

Você foi fundo, falou com as entranhas... gosto disso.
Talvez também por isso goste tanto dos poetas portugueses (Ah! Quanta saudade de Portugal, quem sabe no próximo ano...)
Agora vc está devidamente adicionada nos meus blogs preferidos, desculpe a demora...
beijo e luz