quarta-feira, junho 04, 2008

Os mendigos da sociedade


O tempo vai e nunca mais volta.
Deixa-nos presos na revolta,
Com a desilusão no olhar,
E a glória na imensidão do mar.

O ontem parece que não foi nosso,
O hoje é só um fraco esboço
De um futuro pressuposto
Nas amarguras de um rosto.

Somos um compasso da música.
Desafinamos toda a acústica
Somos os mendigos da cidade,
As vítimas da sociedade.

4 comentários:

Katia De Carli disse...

Oi Claudia
Mundo estranho este, que liga as pessoas por ondas invisíveis... não sei, quando jovem, se já vislumbrava este mundo, mas era uma coisa que esperava.
Agora ele me liga a você, através de um cmputador e essas ondas. Eu, cá do lado de cá do mar e você de onde saíram os que cá descobriram.
Bonito este mundo que liga as pessoas sem, necessariamente, as transformarem em mendigas. Embora todos sejamos.
Um beijo e bom dia

Carla disse...

pois é amiga somos mendigos, mesmo quando nos tentamos levantar...mas a verdade é que por vezes também conseguimos vislumbrar sorrisos em certas partes dessa mesma sociedade
...assim vamos andando entre a sorte e o azar entre o sonho e a realidade
beijos menina linda

Deusa Odoyá disse...

Oi minha nova amiga Claudia.
Adorei seu poema, e sua inspiração nesse texto.
Voltarei mais vezes. fique na paz.
Te aguardo no meu cantinho.

Nilson Barcelli disse...

Gostei do teu poema, até porque ele suscita algumas interrogações.
Os mendigos, por exemplo, também são sociedade, ainda que geralmente tenham perdido a capacidade de a influenciar.
Daí que, em maior ou menor grau, acabámos por ser vítimas de nós próprios.

Beijinhos.